Por trás de cada avatar, existe uma pessoa. Isso parece óbvio, mas quando estamos conectados, sob a máscara de internautas, facilmente esquecemos que por trás do conteúdo consumido, existe um criador com sentimentos e expectativas, esperando o feedback sobre o que foi publicado.
O universo online nos dá voz, ferramentas para falar, uma infinidade de recursos para comunicar, mas não nos educa a ouvir. Cancelamos não necessariamente o que é injusto, e sim, toda opinião diferente. Isso não está certo, e a Mosaico criou a campanha “Creators também são pessoas” para tentar alertar sobre esse problema e estourar a bolha que está sendo criada.
O que é a cultura do cancelamento?
O cancelamento se tornou um medo entre os criadores de conteúdo. Este movimento começou a alguns anos, mas se popularizou recentemente. Seu foco era denunciar injustiças sociais, boicotando marcas e celebridades que cometeram graves delitos. Contudo, ganhou um novo significado: antes, o cancelamento procurava dar voz aos oprimidos, hoje, virou uma mão que sufoca a todos que possuem uma opinião diferente.
O movimento começou com boas intenções, se propagou, realizou denúncias e se tornou um justiceiro no meio online. Foi graças ao cancelamento, que muitas empresas refletiram e adicionaram em suas pautas assuntos como a diversidade, feminismo e racismo. Mas o tribunal da internet caiu nas mãos de pessoas erradas e qualquer erro pode iniciar o fim de uma carreira. Perdemos a chance de errar e aprender com isso, logo, as consequências a saúde mental podem ser catastróficas.
Creators também são pessoas: lembre-se antes de comentar
Na Mosaico, somos a favor de discussões saudáveis na internet. É a troca de ideias que torna o convívio no nosso playground online mais vivo e colorido. Contudo, notamos uma onda de cancelamentos por motivos banais, como: não dar bom dia aos seguidores com tanta “simpatia”; errar a referência de um vídeo; demorar para publicar o conteúdo; ou apenas ter uma opinião diferente.
Idealizador da campanha, o Diretor Criativo da Mosaico, Bernardo Remus explica de onde surgiu a ideia de lembrar que creators são pessoas: “Ninguém pode sair um dedo da linha, ninguém pode se equivocar, ninguém pode ter um posicionamento diferente, que as pessoas começam a atacar sem dó, esquecendo que ali do outro lado da tela existe uma pessoa que também está evoluindo, descobrindo, explorando e que é passível de erros”, menciona.
A proposta de “Creators também são pessoas”, de acordo com Bernardo, é lembrar a todos de realizar comentários menos agressivos e estimular a troca de opinião saudável. É procurar se colocar no lugar do próximo, e ter empatia com o criador de conteúdo – afinal, um cancelamento equivocado pode colocar em risco toda a sua forma de sobrevivência, ainda mais em um momento tão delicado como o que estamos vivendo, com o isolamento social.
Como contribuir para a campanha?
No perfil da Mosaico, é possível conferir diversos conteúdos criados para serem compartilhados. Você pode fazer uso desse material e espalhar a palavra do creators são pessoas nas suas redes também. Vem fazer parte dessa corrente do bem!